O clima está mudando e isso é uma realidade em todos os lugares do mundo. As emissões de gases de efeito estufa, entre eles o carbono (CO2), provocadas pela atividade humana, têm acelerado o aumento da temperatura global. E, como tudo está interligado, os impactos não se limitam à natureza e afetam pessoas de diversas maneiras. Essas são algumas das conclusões do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em agosto de 2021.
O documento, que analisa e compila conclusões de milhares de pesquisas científicas, também ressalta que se ações efetivas não forem tomadas para reduzir drasticamente as emissões de carbono, limitar o aquecimento global a 1,5ºC pode se tornar inviável.
A meta foi definida pelo Acordo de Paris, já mencionado aqui no blog, um pacto global firmado em 2015 para manter o aumento da temperatura bem abaixo dos 2ºC – em comparação aos níveis pré-industriais – e frear os impactos que colocam o planeta em cenário cada vez mais delicado.
Quer entender de que forma as mudanças climáticas já impactam o seu dia a dia? Dá uma olhada:
1 – Quente, frio, seco e úmido: clima instável
Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) mostrou que a ocorrência de eventos climáticos extremos multiplicou por cinco nos últimos 50 anos. De 1970 a 2019, foram mais de 11 mil registros, entre secas, enchentes, deslizamentos de terra, tempestades e incêndios.
A estiagem que o Brasil enfrenta em 2021, a pior dos últimos 91 anos, é um exemplo. A falta de chuva comprometeu o funcionamento das principais hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste, o que colocou em risco o abastecimento de energia.
Para evitar um apagão, o caminho foi acionar as termelétricas, um modelo de produção de energia menos sustentável e mais caro. O resultado? A conta de luz aumentou e pesou no nosso bolso.
O que é o carbono e por que, em excesso, ele pode colaborar com as mudanças climáticas? Entenda.
2 – O preço da comida ficou mais salgado
A seca também chegou às lavouras brasileiras, prejudicou as colheitas e a menor disponibilidade de alimentos elevou o preço de itens que compõem a mesa de grande parte da população. Isso ajuda a entender como a preocupação com tudo funciona em um verdadeiro efeito dominó: o clima envolve diversos fatores e a produção de alimentos é mais um deles.
Cientistas, inclusive, alertam que as mudanças climáticas podem fazer com que alguns cultivos tenham que mudar de região para encontrar condições mais favoráveis de produção.
3 – Impactos na saúde
Especialistas também apontam os efeitos das mudanças climáticas na nossa saúde. As temperaturas extremas fazem com que o corpo trabalhe sob estresse, o que pode alterar o funcionamento dos órgãos e agravar os riscos de doenças respiratórias e cardiovasculares.
Outra preocupação vem do impacto na biodiversidade. O desmatamento, somado ao calor, pode colaborar para a proliferação de algumas espécies, como mosquitos, e a redução de outras. Essas comunidades, em desequilíbrio, aumentam as chances do surgimento e da circulação de vírus potencialmente transmissível para seres humanos e de controle desconhecido.
O surto de febre amarela no Sudeste do Brasil entre 2016 e 2018 foi um exemplo. Geralmente restrito à região amazônica, o vírus circulou de forma atípica na região e causou uma das maiores epidemias epizoóticas das últimas décadas. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram confirmados no período ao menos 2.251 casos da doença em humanos e outros 1.567 em macacos em todo o país.
4 – A saúde mental também entra em jogo
Como lidar e responder a tantos riscos? A saúde mental é mais uma vítima do clima. Estudos mostram o agravamento dos quadros de ansiedade, pânico e depressão, especialmente em comunidades vulneráveis, mais expostas a riscos e com menor poder de resposta a esses eventos.
O medo e a insegurança perpassam vários aspectos da vida dessas pessoas, desde a exposição a desastres, como enchentes e deslizamento de terra, o surgimento de uma nova doença, até a privação de itens essenciais como água, luz e alimentação.
Mesmo que indiretamente, todos esses fatores de insegurança estão relacionados às mudanças climáticas.
5 – Um problema sistêmico
Bom, com os exemplos, deu para notar que as mudanças climáticas representam um problema multifacetado, que impacta o meio ambiente e as pessoas de diferentes formas e com diferentes intensidades. O contexto envolve questões ambientais, econômicas, políticas, de saúde pública e de vulnerabilidade social.
Olhar para ele de forma integral ajuda a trazer o assunto para perto e dá mais clareza sobre as ações que podem ser adotadas para mitigar e reverter esse cenário grave e urgente.
A ciência é unânime quando diz que só existe um caminho efetivo: a redução das emissões de carbono. Para reduzir, o primeiro passo é adotar hábitos mais sustentáveis. O segundo é compensar aquilo que ainda não dá para mudar, e o crédito de carbono pode ser uma solução. Quer entender como?
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